Radio Palavra

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O PERIGO DA AUTO-SUFICIÊNCIA.

Deus, na Sua imensa misericórdia, salvou-nos e nos dotou de dons
espirituais, visando a nossa capacitação para a realização da Sua obra.
Não existe ninguém com a capacidade de realização que um filho de Deus
tem. Isto nos possibilita um serviço eficaz e de efeitos eternos. Há com isso
o perigo de nos acharmos em condições de fazermos a obra na força do
nosso braço. Este é um problema que tem afligido muitos líderes cristãos e
os tem conduzido a um ministério baseado na vaidade, arrogância,
orgulho e, creio, isto é fruto de uma falsa percepção de auto-suficiência.
Tudo começou no Éden... a serpente disse: “- É certo que não
morrereis. Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os
olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.”, Gn 3:4,5. Ali
estava uma grande motivação para Eva desobedecer: ser igual a Deus e
não depender mais d'Ele. Creio firmemente que a auto-suficiência é um
produto da queda, e ainda, originado no inferno. Quando lemos as
Escrituras podemos perceber que Deus nos criou seres interdependentes,
ou seja, dependentes uns dos outros e também dependentes d'Ele próprio.
Não podemos nos considerar completos em nós mesmos, ou em condições
de, sozinhos, realizarmos a obra. O Senhor nos organizou como membros
de um corpo, (I Co12), e, nesta condição, estamos ligados a outros irmãos,
sendo cooperadores de seus ministérios assim como eles são do nosso.
Este nosso ministério não pode ser desassociado de Cristo porque ele é
autorizado por Sua comissão, realizado no Seu poder, (MT 28:18-20),
ligado a Ele, usando as Suas virtudes, (2 Co12:9), e deve ser sempre para
Sua glória, (Rm 11:36).
Sendo assim, se agirmos contando com nossa auto–suficiência,
corremos o perigo de realizarmos um trabalho sem efeitos espirituais
eternos, voltados para uma vida meramente terrena e envolvida em
religiosidade estéril. Além disso, o ministério se torna personalista, onde
a nossa imagem é mais importante do que a imagem do Senhor da Igreja:
Jesus Cristo. Quero reforçar esta percepção de nossa dependência do
Senhor lembrando Suas palavras a Seus discípulos: “Como não pode o
ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim
nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós
os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.”, (Jo15:4,5). Que Deus nos dê sempre
um coração apegado a Ele e dependente do Seu agir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário